Governador do Piauí, Wellington Dias (PT) assumiu neste sábado, de forma definitiva, a coordenação da campanha da pré-candidata petista ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff. Ele permanecerá no cargo até o fim do mandato após desistir de buscar uma vaga ao Senado. Sobre sua própria sucessão, Dias disse estar pronto a buscar um nome de consenso junto à base aliada.

– A decisão de quem encabeça a chapa será minha. Eu assumi essa responsabilidade com os partidos – garantiu Dias.

Até agora, os governistas contam com cinco possíveis candidatos, sendo eles o vice-governador Wilson Martins (PSB), o senador João Vicente Claudino (PTB), o deputado federal Marcelo Castro (PMDB), o secretário de Educação, Antonio José Medeiros (PT), e o ex-secretário de Fazenda Antonio Neto (PT). Ao desistir do Senado, Wellington Dias fica mandato a partir de 2011. A expectativa entre seus aliados é que, em caso de vitória de Dilma, o petista seja nomeado para um ministério.

– Ele é um grande nome, não apenas a título de compensação, mas pela competência – disse o pré-candidato João Vicente Claudino a jornalistas, nesta capital.

O palanque do pré-candidato conservador, José Serra, porém, está garantido. O atual prefeito da capital, Sílvio Mendes (PSDB), também anunciou, neste sábado, que pretende deixar o cargo, no início de abril, para concorrer ao Palácio do Karnak.

Caso requentado  –  Embora não esteja oficialmente em campanha, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, tem enfrentado a oposição à sua candidatura ao Palácio do Planalto. Segundo a pré-candidata petista, a direita tem buscando ressuscitar o ambiente político de 2005, quando as denúncias de um propinoduto coordenado pelo publicitário Marcos Valério veio à tona. O objetivo dos conservadores, segundo a ministra, seria influenciar o processo eleitoral deste ano.

– O pessoal está tentando, vamos dizer, trazer 2005 para a eleição de 2010, mas não acho que isso seja eficaz. Acho que é pouco eficaz – disse Dilma a jornalistas.

Integrantes da oposição aprovaram no Senado requerimentos pedindo depoimentos do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, do promotor de Justiça José Carlos Blat e do corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro, na tentativa de requentar o caso da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop). O promotor Blat move ação contra Vaccari, ex-presidente da Bancoop, por desvio de recursos da entidade para o financiamento de campanhas eleitorais do PT. Funaro, por sua vez, teria dito que dirigentes do PT usaram dinheiro de fundos de pensão de empresas estatais com a mesma finalidade. As acusações são negadas tanto por Vaccari quanto pelo PT.

(Correio do BraSIL)