James Holmes, o atirador responsável pela morte de 12 pessoas e que deixou outras 69 feridas após o massacre desta sexta-feira em frente a um cinema onde acontecia a pré-estréia de “Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge”, em Aurora, no Colorado, agiu sozinho, informou a polícia local. O estudante de neurociências de 24 anos não tem nenhum vínculo com qualquer organização terrorista e nem antecedentes criminais. 

O jovem é descrito como um sujeito solitário e desconhecido por seus colegas da Universidade do Colorado, onde ele estudava neurociências desde 2011. “Ninguém o conhecia, ninguém”, garante um estudante de farmácia que vive na mesma residência estudantil que Holmes. Segundo o universitário, o atirador não socializava e nem cumprimentava as pessoas, ignorando os colegas quando os encontrava pelos corredores. Ele também revelou que, na noite do massacre, em uma hora próxima ao momento da fuzilada, uma música tocava muito alto e repetidamente no quarto de Holmes.

Em um formulário preenchido para a locação de um apartamento na residência estudantil, ele se descreve como “um sujeito discreto e de fácil convivência”, revela o jornal Denver Post, em seu site. Na foto concedida pela Universidade do Colorado, o atirador aparece de camiseta alaranjada, cabelos despenteados e sorridente.

Já para o FBI, o jovem é “um homem branco de 1,90 metro, nascido no dia 13 de dezembro de 1987, sem nenhuma ligação com células terroristas ou antecedentes criminais”. Seu único registro na polícia é de uma multa por excesso de velocidade em 2011.

Tom Mai, um vizinho da família Holmes em San Diego, na Califórnia, local de origem do universitário, contou à imprensa americana que ele era um adolescente tímido que não tinha amigos na vizinhança. “A família é simpática e frequenta a igreja presbiteriana”, revelou.

Em um comunicado divulgado nesta sexta-feira, a família Holmes diz estar cooperando com as investigações sobre a tragédia. “Nós ainda estamos tentando entender esta notícia e apreciamos que as pessoas respeitem nossa vida privada”, diz a nota.

 (RFI Portugal)