O anúncio da greve gerou reação imediata do patronato. Tão logo o resultado da assembleia foi divulgado, o Sindiônibus acionou o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) solicitando um marco legal do quantitativo de veículos que devem circular em Fortaleza e Região Metropolitana. 

A entidade requereu 80% da frota nos horários de pico e 60% nos de entrepico. “Se realmente tiver greve, vamos pedir à Justiça um posicionamento (sobre a ilegalidade ou abusividade do movimento). Pediremos também que se instaure o dissídio para definir se terá reajuste e qual será o reajuste”, disse ao O POVO o presidente do órgão, Dimas Barreira.

Ele classificou como “incompreensível” a decisão dos profissionais pela paralisação diante da proposta feita pela Superintendência do Trabalho de 8,5% de reajuste salarial. “Estamos estarrecidos (com a deflagração da greve). A gente achou que saía dali (da última rodada de negociação) com tudo fechado e a cidade livre de qualquer tipo de dano”, frisou.

Barreira assegurou que os dias não trabalhados serão descontados no contracheque dos trabalhadores faltosos. “Isto é fato corriqueiro de qualquer empresa”, pontua.

Dimas descarta ainda a possibilidade de o sindicato apresentar nova proposta de reajuste. “A greve encerra as negociações. Não tem sentido sustentar uma greve, porque é uma categoria que tem ganho real todo ano. Não teve corrosão no poder de compra em ano nenhum. Eles seguem a mesma direção da greve da construção civil. A via de negociação não é a que eles querem”.

(O POVO ONLINE)