O presidente da torcida organizada Gaviões da Fiel, Antônio Alan Souza Silva, conhecido como Donizete, se entregou à polícia na tarde desta quinta-feira (10). De acordo com a polícia, ele se entregou às 16h45, no Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância).

Ele deve ser encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) para fazer exame de corpo de delito e, em seguida, será levado à carceragem do 77º Distrito Policial, na Santa Cecília, onde permanecerá preso.

O advogado de Donizete, Ricardo Cabral, já havia informado que seu cliente se entregaria nesta quinta-feira.

— Desde que ele ficou sabendo da prisão, na segunda-feira, dia 7, para a gente foi uma surpresa muito grande. Ele se reuniu com a família e comigo e é um pedido dele, ele quer se entregar. Ele acredita em sua inocência e alega que não participou, não incitou, não auxiliou e nem sabia que a briga ia acontecer. Já estudei o inquérito dele e não encontro nada que ligue ele a esse crime. 

A prisão de Donizete foi decretada pelo confronto entre as torcidas do Corinthians e do Palmeiras, que aconteceu no dia 25 de março. Durante a confusão, que envolveu cerca de 200 pessoas, André Alves Lezo, de 21 anos, e Guilherme Vinicius Jovanelli Moreira, de 19 anos, morreram em função de ferimentos na cabeça. Ambos eram torcedores do Palmeiras. Donizete é acusado pela polícia de homicídio, lesão corporal e formação de quadrilha. 

A defesa questiona o inquérito policial por ter pedido a prisão baseado em dois depoimentos de pessoas protegidas pela Justiça. Elas alegaram que os fogos de artifício usados no dia do confronto foram comprados pela Gaviões da Fiel. Cabral disse que na hora da briga Donizete estava em um churrasco de família e que isso já foi provado. 

(PORTAL R7)