
Quatro cearenses são os únicos brasileiros a representar o país na 45ª Olimpíada Internacional de Química (ICHO), em Moscou, na Rússia. A seleção aconteceu por meio da Olimpíada Brasileira de Química, que premiou 15 estudantes de maior destaque para participar do Curso de Aprofundamento e Excelência em Química, ministrado por professores do curso de pós-graduação em Química de uma das universidades participantes. A equipe que vai representar o Brasil na ICHO foi escolhida com base nos resultados dos alunos neste curso.
Os professores e as próprias escolas incentivaram e fizeram uma preparaÇão mais adequada para conseguir esses resultados”, afirma. Para o coordenador, o sucesso nas olimpíadas de Química acaba atingindo diretamente as universidades, aumentando o ingresso de alunos nos cursos de graduação e pós-graduação. “O curso já é bem concorrido”, encerra.
Preparação
Entre os alunos, está Vitória Nunes, 18, que vai participar da Olimpíada pela segunda vez. Para a estudante, a pressão aumenta. “Por ser a segunda vez, me sinto com mais responsabilidade para trazer uma coisa melhor pro Brasil”. A jovem afirma que não é muito organizada, mas que tenta não acumular os conteúdos vistos em sala de aula. “Quando chega na [olimpíada] internacional, você vê que tudo valeu a pena”, diz.
Maurocélio Rocha, 15, é o mais novo entre os selecionados. Para ele, o fato de ser mais novo não foi obstáculo para conseguir a vitória. “Foi bem intenso porque a maioria do pessoal é do terceiro ano [do ensino médio]. Então compensei isso estudando num ritmo mais intenso”, conta. O adolescente diz que sua família está bastante orgulhosa com a vitória.
Lívia Rodrigues, 17, participou da Olimpíada Brasileira e está ansiosa para representar o Brasil na Rússia. “Estou tentando controlar a ansiedade para conseguir estudar”, afirma. A rotina de estudos de preparação para a ICHO 2013 foi intensa para a aluna. “Foi muito tempo estudando para conseguir. Eu não tenho um horário definido, mas estudo no mínimo nove horas por dia”, conclui.
O estudante Nicholas de Souza, 17, do Colégio Ari de Sá, já havia tentado participar da Olimpíada Internacional, mas não conseguiu êxito. A dica que ele dá é avaliar os erros do passado e tentar melhorar. Com essa oportunidade, Nicholas não esconde a empolgação: “É bom ter a oportunidade de representar o país, conhecer gente de outras nacionalidades. Estou indo para fazer o meu melhor”, afirma. O estudante já representou o Brasil na Olimpíada Internacional de Ciência Junior, que aconteceu na África do Sul, em 2001.
Colegas de escola
Mauro, Lívia e Vitória estudam no colégio Farias Brito, em Fortaleza. Para o professor de Química Antonino Fontenele, a escola tem a tradição de enviar alunos para olimpíadas. “Enviar quatro alunos, sendo três da mesma escola é uma vitória muito especial. É um trabalho que vem de anos e uma gratificação profissional muito grande”, aponta. A relação dos alunos com os professores ultrapassa os muros da escola. “É gratificante saber que a gente contribuiu para o crescimento pessoal dos alunos. Eles evoluem muito quando viajam para outros países”, completa.
(G1 Ceará)