Dizendo-se bem impressionado com a infraestrutura para eventos que encontrou em Fortaleza, Marcelo Tavares, diretor e fundador da Brasil Game Show – a maior feira de jogos eletrônicos da América Latina -, afirmou que a capital cearense confirmou sua expectativa para tornar-se a porta de entrada do mercado de games no Nordeste. O executivo, que visitou a cidade em meados deste mês, pretende realizar um evento no Nordeste em 2014, nos moldes da Brasil Game Show, após a realização da feira em São Paulo, em outubro, e de outro evento no Rio de Janeiro, no início do próximo ano.
Além de Fortaleza, Tavares cogitava ainda a possibilidade de Florianópolis ou Recife sediar o evento, que terá um nome diferente do Brasil Game Show. Em entrevista ao Tecno por telefone, o diretor da BGS demonstrou que, após conhecer Fortaleza, a capital catarinense perdeu o favoritismo. A decisão final do local que deve abrigar a nova feira, no entanto, só deve ser anunciada em junho. “Torço para que seja aí”, afirmou.
Tavares citou três fatores com os quais se diz satisfeito em relação a Fortaleza: infraestrutura, mercado consumidor e apoio da mídia. “O Centro de Eventos do Ceará é muito moderno, muito funcional e está acima de qualquer outro no Brasil”, comentou.
Em Fortaleza, o diretor e fundador da BGS manteve contatos com representantes dos espaços de eventos e pessoas da iniciativa privada. Também visitou lojas como a da rede de lojas Saraiva no shopping Iguatemi, uma das patrocinadoras de eventos na área de jogos eletrônicos, onde constatou que a pujança do mercado local de games.
Superando o Carnaval
Em São Paulo, a Brasil Game Show representa um investimento de R$ 15 milhões e movimenta, ao todo, cerca de R$ 23 milhões, conseguindo atrair 150 mil pessoas. “O evento já superou a São Paulo Fashion Week e o Carnaval”, comemora Tavares. No Nordeste, o executivo da BGS estima que o evento semelhante movimentaria, inicialmente, R$ 5 milhões e atrairia um público de 40 mil pessoas.
A realização da feira “irmã da Brasil Game Show” em Fortaleza, além de estimular o consumo de jogos e o “esporte eletrônico”, pode criar um ambiente favorável à vinda de empresas do setor e disseminar a cultura de desenvolvimento de jogos nos jovens cearenses. O mercado está receptivo. Segundo a consultoria GfK, no ano passado o faturamento com as vendas de consoles de videogames no país cresceu 43%, enquanto que o dos jogos teve um salto de 99%.
(Diário do Nordeste)