SÃO PAULO E FLORIANÓPOLIS – Santa Catarina voltou a registrar ataques contra ônibus e contra uma base da Polícia Militar entre a noite de sexta-feira e a madrugada deste sábado. Em São Francisco do Sul, no litoral norte de Santa Catarina, criminosos incendiaram um ônibus, elevando para 27 o total de coletivos queimados. De acordo com testemunhas, um grupo de homens mandou que os passageiros, o motorista e o cobrador descessem. Em seguida, atearam fogo ao ônibus. Desde quinta-feira, foram seis ônibus foram incendiados em quatro cidades do estado. Segundo o sindicato das empresas de ônibus, o prejuízo com os incêndios chega a R$ 5 milhões.
Já na parte Sul de Florianópolis, no bairro Campeche, dois homens em uma motocicleta atiraram contra uma base da Polícia Militar na praia. O crime aconteceu por volta de 23h30m de sexta-feira. Não houve feridos e ninguém foi preso.
Na sexta-feira, o comandante da Polícia Militar, coronel Nazareno Marcineiro, disse que o pior da violência já havia passado em Santa Catarina.
– O pior já passou e a paz vai ser restaurada – afirmou.
O governador do estado de Santa Catarina reluta em aceitar ajuda federal para combater a onda de violência. Na sexta, o secretário de Segurança Pública, César Grubba, afirmou que o estado tem dado conta de resolver a crise, embora tenha classificado a situação como “ruim”.
Até agora a Polícia prendeu 43 suspeitos de terem participado dos 61 ataques, que atingiram 13 municípios catarinenses. Até agora, três pessoas morreram, todos supeitos de ataques.
O governo catarinense reconheceu que a ordem dos ataques vem de dentro de presídios. Mas muitos dos ataques seriam feitos por ‘oportunistas’ que se aproveitam a onda de violência.
(Agência O Globo)