A gigante da fotografia Eastman Kodak anunciou nesta segunda-feira que alcançou um acordo para o empréstimo de 793 milhões de dólares que poderá ajudar o grupo a escapar da falência. “Este financiamento é um elemento-chave para permitir à Kodak honrar o restante de seus compromissos de reestruturação e sair da proteção da lei de falências já no primeiro semestre de 2013”, destacou o grupo em um comunicado.
O acordo inclui a concessão por parte dos bancos JP Morgan e UBS, e dos fundos de investimentos Centerbridge e GBO, de créditos totalizando 793 milhões de dólares, sendo 476 milhões em novos créditos e 317 milhões para refinanciar antigos empréstimos, segundo a Kodak. Uma das condições estabelecidas para a entrega dos fundos é “a venda do portfólio de licenças de imagens numéricas da Kodak por ao menos 500 milhões de dólares”.
A princípio, a Kodak pretende obter 2,4 bilhões de dólares com a venda de 1.100 patentes do grupo. Segundo The Wall Street Journal, a Kodak negocia estas patentes com um grupo de candidatos que inclui Apple, Microsoft, Google, RPX Group e Intellectual Ventures Management. Fundada em 1888, a Kodak entrou em concordata em 19 de janeiro, após ser afogada pelo setor digital.
Dificuldades de adaptação – A Kodak é mais um exemplo de uma grande empresa em dificuldades que não conseguiu mudar seu modelo de negócios para acompanhar os avanços tecnológicos. Outras são a Polaroid, que entrou com o pedido de recuperação judicial em 2008; o grupo de livrarias Borders; e a locadora de filmes Blockbuster – ambas em 2010.
O fundador da empresa, George Eastman, também foi o inventor do filme fotográfico em rolo. Sua criação serviu de base para a gravação da imagem em movimento – que se tornaria, mais tarde, o cinema.