Leandro Martins/Futura Press
Advogada Carla Cepollina chega para o primeiro dia de julgamento

A advogada Carla Cepollina, de 47 anos, foi absolvida da morte do coronel da reserva Ubiratan Guimarães, que era seu namorado em setembro de 2006, quando foi encontrado morto atingido por um tiro no abdome em 10 de setembro de 2006 em seu apartamento em São Paulo. No julgamento realizado Fórum Criminal da Barra Funda, o júri decidiu, por falta de provas, que ela é inocente.

Nesta quarta-feira, terceiro dia de julgamento, defesa e acusação apresentaram suas teses sobre o crime. Os advogados de Cepollina reforçaram tese de crime político, apresentada na terça em depoimento .

Na segunda-feira, 5, primeiro dia do julgamento, Carla foi expulsa do plenário após interromper o depoimento do delegado da Polícia Civil Marco Antonio Olivato, uma das testemunhas do caso.

No segundo dia de júri, Carla negou a autoria do crime e chegou a apontar um assessor de Ubiratan, que também já morreu, como o autor do assassinato. Segundo ela, o coronel foi morto depois que ela deixou o apartamento dele há seis anos, no dia 9 de setembro. Carla afirmou ter deixado o apartamento de Ubiratan no dia do crime porque ele havia bebido e estava deitada na cama, dormindo.

Nos últimos seis anos, a advogada tem afirmado que é inocente e que a morte de Ubiratan foi crime político. Carla disse durante as cinco horas de interrogatório que o coronel foi morto por envolvimento em um esquema que envolveria arrecadação de dinheiro de campanha.

Ubiratan ficou conhecido por ter comandado a invasão do Carandiru em 1992, provocando 111 mortes no Pavilhão 9. Em 2001, ele foi condenado a 632 anos de prisão por comandar o massacre. Em 2006, mesmo ano de sua morte, ele foi absolvido pela Justiça. Ubiratan é o único condenado pelo massacre do Carandiru.

*Com informações da agência Estado