Para enfrentar a média de 150 casos (brigas, furtos, assaltos) que ocorrem nos sete terminais de integração de ônibus da cidade, os guardas municipais ganharam um reforço nos equipamentos para o combate a casos de violência. Além dos sprays de pimenta e das tonfas (cassetetes), os guardas já estão capacitados para, em casos extremos, usarem os tasers, armas não-letais que imobilizam a pessoa através de uma descarga elétrica.
De acordo com Roniely Pinheiro, diretor operacional da Guarda Municipal e Defesa Civil, o uso dos tasers pretende resguardar a integridade dos agentes e aderir à ideia do uso de armas não letais, que trazem mais segurança. A utilização das armas tem caráter experimental no primeiro mês. Em fevereiro será feita uma avaliação para ampliar o uso em outros setores da Guarda Municipal, assim como aumentar o número de tasers por terminal, limitado a uma arma.
Um grupo inicial de 200 guardas recebeu capacitação ministrada por um instrutor certificado pela fábrica Taser. Em 20 horas/aula, os guardas tiveram noções teóricas e práticas para a utilização das 50 armas adquiridas pela Guarda em acordo com o Ministério da Justiça, que doará mais 300 pistolas. Segundo dados da Guarda, há recursos para a capacitação de mais mil agentes.
Ao ser disparado, a uma distância que varia de sete a 10 metros, o taser libera dardos que emitem ondas “T”, semelhantes às ondas cerebrais, paralisando por até 15 segundos a pessoa atingida. Uma outra vantagem indicada pela Guarda Municipal é a possibilidade de identificar cada disparo realizado pela arma, através de um programa de registro e do número de série específico.
A escolha dos terminais como local para o período de experiência do taser se deve à grande incidência de casos envolvendo arma branca, como facas, além de agressões, segundo o subinspetor Policarpo Oliveira, comandante da inspetoria dos terminais. Ele afirmou que, usado de forma adequada o taser possibilita mais segurança para o guarda e para o infrator, que não sofrerá dano físico, mas ficará paralisado. Permitindo, assim, o trabalho de mobilização e o devido encaminhamento.
A Região Metropolitana também vai aderir à onda das armas não-letais. Maracanaú é a segunda cidade do estado a comprar as armas e capacitar seus guardas para o uso adequado. Segundo o comandante Castelo Branco, responsável pela Guarda Municipal de Maracanaú, o processo licitatório está avançado e a expectativa é de que até fevereiro as 50 pistolas cheguem à cidade.
Para ele, o armamento levará mais praticidade ao cotidiano da segurança do município e começará a ser usado em prédios públicos e áreas periféricas, locais em que a possibilidade de casos de violência é maior.
ENTENDA A NOTÍCIA
As Guardas Municipais de Fortaleza e de Maracanaú terão à disposição as pistolas tasers, armas não-letais para uso em caso extremo. Na Capital, o uso do modelo M26, que custa R$ 1.400 e imobiliza a pessoa através de uma descarga elétrica, começou em janeiro.
(Samaisa dos Anjos – O Povo Online)