A grife paulistana 284, da empresária Helena Bordon e dos irmãos Luciana, Marcella e Bernardino Tranchesi (filhos de Eliane Tranchesi, da Daslu), está proibida de importar, exportar, manter em depósito e comercializar sua bolsa 284, uma reprodução feita de moletom da famosa bolsa “Birkin”, criada em 1984 pela marca francesa Hermès.
Na decisão liminar, expedida hoje pela 24ª vara Cível, o juiz João Omar Marçura afirma que a réplica, da coleção “I’m not the original” (em português, “Eu não sou a original”) lançada em março de 2010 pela 284, prejudica a reputação da maison francesa.
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| A bolsa Birkin, da Hermés, e a réplica da grife 284 |
Em setembro passado, a Hermès Internacional moveu um processo contra a grife brasileira, que relançou a cópia várias vezes devido à imensa procura. “Ao copiar um design criativo distintivo e fazer referências à bolsa ‘Birkin’ original, beneficia-se a autora reconvinda [no caso, a 284] do design e dos investimentos feito pela ré reconvinte [a Hermés] na divulgação da bolsa”, diz o texto.
Se não cumprir a decisão, a 284 deverá pagar multa de R$ 10 mil por dia, limitada a R$ 1 milhão. A grife comercializa suas réplicas a R$ 399 cada, já a Hermès, vende as suas “birkins” originais apenas por encomenda, a um preço médio de R$ 30 mil. A Folha apurou que, até ontem (20), as réplicas expostas na loja 284 da Daslu eram vendidas por R$ 120 cada, e que, à noite, todas as sobras foram recolhidas.
Em nota oficial, os donos da grife 284 afirmam não ter nada a declarar sobre a decisão. No entanto, ratificam que sua linha “I’m Not the Original” é uma “forma divertida de homenagear grandes ícones da moda” e que o assunto “ainda está em andamento”. A marca pretende chegar a um acordo amigável que beneficie ambas as grifes.
(Folha Online)
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