A delegada Denise Quioca, 28, morta a tiros pelo ex-namorado dentro do 1º DP de Guarulhos (Grande SP), na madrugada desta quinta-feira, havia registrado pelo menos dois boletins de ocorrência contra ele, um deles de agressão.

No dia 18 de setembro, Denise havia registrado um boletim de violência doméstica na Corregedoria da Polícia Civil contra Fábio Agostine Macedo, 33. De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública, ele era investigador da polícia desde 1997 e foi expluso da corporação por abuso de autoridade, lesão corporal e porte ilegal de arma.

No boletim, a delegada relata que Macedo a impedia de terminar o relacionamento, que durou cerca de 9 anos, e a teria agredido dentro de um hotel, no centro de Guarulhos.

Na ocasião, o ex-policial também teria se ferido propositalmente. O objetivo era ameaçá-la com uma eventual denúncia de agressão na corregedoria, segundo a delegada. No boletim, registrado durante a madrugada, Denise havia formalizado a vontade de processar Macedo criminalmente.

No dia seguinte, 19 de setembro, mais um boletim de ocorrência foi registrado pela delegada. Dessa vez, por perturbação da ordem e na própria delegacia onde ela trabalhava.

Segundo esse novo registro, Macedo teria ido à sede do 1º DP de Guarulhos e se recusava a sair do prédio sem a companhia da delegada. Nesse boletim, porém, Denise afirma que não tinha interesse em representar o ex-policial criminalmente.

(Folha Online)