No Senado, saem as duas vozes mais altas e estridentes do PSDB: Arthur Virgílio (AM) e Tasso Jereissati (CE). A maior bancada tucana da Câmara, a paulista, não consegue reeleger metade de seus 16 componentes (apesar de tentar), e emagrece para 13 membros. No total, o partido perde três cadeiras.
Esses dois sinais deveriam servir de alerta para a cúpula do PSDB de que passou da hora de promover uma renovação no partido, antes que os eleitores o façam. Na verdade, já começaram. Aécio Neves (MG) e Beto Richa (PR) são as caras novas tucanas (por comparação e por idade) que emergem das urnas.
Aos 50 anos, o ex-governador de Minas Gerais elegeu-se senador com tranquilidade e chegará a Brasília com uma bancada de 8 deputados federais, dois a mais do que bancada mineira atual. De quebra, fez a lição de casa e elegeu seu sucessor, Antonio Anastasia, ainda no primeiro turno.
Richa tem 45 anos, foi prefeito de Curitiba, e chega agora ao governo do Paraná, eleito no primeiro turno. No plano federal, tem menos peso do que Aécio: sua bancada na Câmara terá apenas três deputados, e as duas vagas no Senado foram conquistadas por seus opositores.
Governador de São Paulo pela terceira vez, Geraldo Alckmin, aos 58 anos, representa uma geração de transição dos tucanos. Teve sua chance de disputar a Presidência e perdeu para Lula. É menos opção de poder para 2014 do que Serra (se este vencer Dilma Rousseff no segundo turno) ou Aécio.
(Blog do José Roberto de Toledo)