O desespero gerado pela repetição do transe coletivo que vem atingindo, há cerca de um mês, alunos das escolas de Ensino Fundamental Eduardo Barbosa e Estadual Nazaré Guerra – que funcionam no mesmo prédio, em Cachoeira, no Sertão Central do Ceará – levou a direção e o prefeito de Itatira, José Ferreira Matheus, a pedir ajuda a outras religiões. Sem entender o fenômeno, os moradores da cidade, de maioria católica, estão em pânico. A primeira tentativa de pôr fim ao sofrimento dos estudantes e de suas famílias foi sugerida por um padre, mais ainda não surtiu efeito.
– Procuramos um especialista (o padre José Élio Correia de Freitas, parapsicólogo) e ele nos orientou a fazer acompanhamento psicológico dos jovens. O trabalho começou na semana passada, mas os casos voltaram a ocorrer. Eu quero uma resposta. Se for para ir atrás dos espíritas, eu vou – afirma Maria Eliane Dias, diretora da Nazaré Guerra, escola cuja sede fica em Lagoa do Mato, mas que possui um anexo em Cachoeira para 159 alunos do ensino médio.
Maria Eliane colocou o telefone da escola sede ((88) 3436-3890) à disposição de especialistas que possam auxiliar os estudantes. Desde que os primeiros transes ocorreram, evangélicos e espíritas da cidade vizinha de Canindé estiveram em Cachoeira para oferecer ajuda. A diretora explica por que não aceitou a opinião de outros religiosos logo após os primeiros casos:
– Depois que o padre indicou o acompanhamento com psicólogos, não deixamos mais ninguém entrar para não misturar as estações, nem criar rumores. Se fizéssemos tudo paralelamente, ficaríamos sem saber o que tinha resolvido o problema. Os pastores queriam fazer um culto na escola, mas não queríamos aglomerar os alunos no pátio novamente. Um deles disse que ia expulsar o demônio das meninas no dia da missa, impôs as mãos sobre elas, mas não conseguiu.
Prefeito de Itatira, município ao qual Cachoeira pertence, José Ferreira Matheus presenciou o transe de 25 pessoas no pátio da escola, no dia 2 de junho. Ele também se diz receptivo a todo tipo de apoio.
– A gente aceita ajuda de igreja A ou B. Estamos procurando um filho de Nossa Senhora que nos ajude. Os alunos não querem mais ir à escola, que sempre foi bem estruturada. Isso é péssimo para o nosso município.
De acordo com o prefeito, um caso semelhante ao que vem acontecendo com os alunos já teria sido registrado, há cerca de 20 anos, no distrito de Lagoa do Mato.
– Ouvi falar só de uma pessoa, uma senhora que ficava com a voz diferente. Mas só acontecia na casa dela.
(Extra Online)
eu sou especialista neste tipo de fenomeno e gostaria muitode ajudaqr estes jovens.