
O dinheiro teria sido utilizado no pagamento de contas pessoais do casal e na compra de uma casa em bairro nobre de Porto Alegre. A denúncia, segundo a Veja, aparece em uma gravação feita por Lair Ferst, antigo aliado tucano, parte fundamental na campanha de Yeda ao Piratini e réu em processo sobre fraude milionária do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran-RS).
Veja as acusações contra o governo gaúcho:
Em novembro de 2007 – Operação Rodin, da PF, aponta fraude de R$ 44 milhões no Detran gaúcho. Entre os 14 presos, o empresário tucano Lair Ferst, ligado à cúpula da campanha que elegeu Yeda em 2006
Em fevereiro de 2008 – Assembleia abre a CPI do Detran para investigar o esquema, que consistia na cobrança de preços superfaturados por fundações e empresas contratadas sem licitação
Em abril de 2008 – À CPI um delegado da Polícia Civil diz ter recebido a informação de que Lair Ferst teria pago R$ 400 mil do custo da casa adquirida por Yeda no fim de 2006. Segundo a tucana, casa foi comprada por R$ 750 mil. Yeda avisa que vai processar o presidente da CPI pela insinuação de que sua casa teria sido paga parcialmente com sobras de campanha.
Em maio de 2008 – Justiça Federal abre processo contra 40 pessoas no caso das fraudes no Detran. Empresário Lair Ferst nega ter participado da campanha de Yeda.
Em maio de 2008 – Ex-secretário de Segurança Enio Bacci afirma à CPI que governadora soube das irregularidades no Detran no início de 2007 e nada fez. Governo nega.
Em junho de 2008 – É divulgada conversa gravada pelo vice de Yeda, Paulo Afonso Feijó (DEM), na qual o chefe da Casa Civil, Cézar Busatto, admitia que partidos aliados eram financiados por órgãos públicos. Gravação provoca a queda de Busatto, do secretário-geral de governo, Delson Martini, e do chefe do escritório do RS em Brasília, Marcelo Cavalcante.
Em junho de 2008 – PSOL e PV protocolaram pedido de impeachment da governadora na Assembleia Legislativa sob acusação de improbidade administrativa
Em junho de 2008 – Assembleia arquiva pedido de impeachment de Yeda
Em junho de 2008 – Gravações da CPI do Detran derrubam quatro da cúpula do governo de Yeda Crusius. Uma das gravações mostrou dois envolvidos na fraude que desviou R$ 44 milhões da autarquia combinando um jeito de resolver um impasse entre empresas que prestavam serviços superfaturados. A segunda mostrou o chefe da Casa Civil, Cezar Busatto, admitindo ao vice-governador Paulo Afonso Feijó (DEM) que partidos aliados do governo se financiavam em órgãos públicos. Leia na íntegra.