Quando província, o Estado foi o primeiro a libertar seus escravos. Em Fortaleza, maracatus e medalhas marcam evento

O Ceará completa, hoje, 125 anos da abolição da escravatura. Em Fortaleza, apresentações de maracatu e entrega de medalhas marcam as comemorações da data. A partir das 16 horas, o Centro da cidade receberá um cortejo de dez maracatus, uma das principais manifestações da cultura africana em nosso Estado.

Os grupos de maracatu Rei Zumbi, Nação Iracema, Quizomba, Vozes da África, Nação Fortaleza, Solar, Baobá, Afoxé Filhos de Oyá, Rei de Paus, Az de Ouro e Axé de Oxossy mostram toda a beleza do movimento e dança, com seu ritmo de cadência lenta.

Divididos entre as praças dos Correios, do Ferreira e no Calçadão C. Rolim, os grupos de maracatu se encontram, às 17 horas, em frente à Igreja do Rosário, onde haverá um ato ecumênico celebrado pela Mãe Taquinha de Oyá, coroação de rainhas e lançamento de CD com loas de maracatus.

Além disso, haverá uma homenagem aos artistas Milton de Sousa (póstuma) e Descartes Gadelha, com a entrega do Troféu do Maracatu por contribuírem com a difusão da cultura afro-brasileira na Capital cearense. O evento é promovido pela Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), quando também se celebra o Dia do Maracatu.

Já na próxima segunda-feira (dia 30), o Governo do Estado fará a entrega da Medalha da Abolição, a mais importante comenda do Ceará. Realizada tradicionalmente na segunda quinzena de março, em comemoração à abolição no Ceará, a solenidade faz uma homenagem aos cearenses que contribuíram, de alguma forma, para a melhoria do Estado.

Fonte: Diário do Nordeste