BRASÍLIA – A expectativa de vida das pessoas que vivem com Aids nas regiões Sul e Sudeste dobrou entre 1995 e 2007. Nesse período, o tempo médio de vida pós diagnóstico subiu de 58 meses para mais de 108 meses. A possibilidade de sobrevivência de crianças menores de 13 anos que vivem com Aids também aumentou consideravelmente desde o início da epidemia.
Em 1980, as chances de uma criança nessa faixa etária estar viva 60 meses depois de diagnosticada era de 25%, enquanto as diagnosticadas no período de 1999 e 2000 era de 86%. Os dados são de um estudo encomendado pelo Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde. O diagnóstico precoce e o acesso aos medicamentos anti-retrovirais são os principais motivos para o aumento da sobrevida.
Apesar de a maioria dos casos de Aids ainda ser identificado na faixa etária de 25 a 49 anos, o estudo mostra, também, que dobrou a incidência da doença entre pessoas acima dos 50 anos entre 1996 e 2006. Passou dos 7,5 casos por 100 mil habitantes para 15,7. A incidência nessa faixa etária cresceu em todas as regiões do país. E, entre os casos registrados, 63% são homens e 37% são mulheres. Os preconceitos que cercam a vivência da sexualidade de pessoas acima dos 50 anos limitam a dificuldade de abordagem sobre o HIV.
Fonte: Jornal do Brasil