Cerca de 800 bancários ratificaram a decisão do Comando Nacional dos Bancários e decidiram na assembléia realizada nesta quinta-feira, 16/10, por unanimidade, pela continuidade da greve e intensificação das paralisações nesta sexta-feira, dia 17/10. “Vamos fortalecer essa greve, porque só assim conseguiremos arrancar dos banqueiros uma proposta digna para a categoria. Foi a nossa luta que conquistou essa proposta e será dessa forma que sairemos vencedores dessa greve. Todos à luta!”, afirmou o presidente do Sindicato, Marcos Saraiva.
Um dos grandes diferenciais da greve dos bancários de 2008, em relação aos anos anteriores, é a forte adesão dos funcionários dos bancos privados, apesar do uso abusivo de interditos proibitórios por parte dos banqueiros. No nono dia de greve, o Banco Real foi o banco privado que mais paralisou agências, 11 no total.
As péssimas condições de trabalho, as metas abusivas e o assédio moral motivaram os funcionários de bancos privados a se unir ao restante da categoria bancária e lutar por condições dignas e por uma remuneração compatível com a atividade desempenhada por eles. Por dia, paralisam, em média, 25 agências privadas em Fortaleza.
No entanto, a manifestação dos bancários sofreu um duro golpe desencadeado pelos banqueiros nesse 9º dia de greve. No Santander Aldeota, três oficiais de Justiça e dois advogados do banco forçaram a abertura da agência e a entrada dos funcionários que faziam piquete em frente à unidade.
Nesta sexta-feira, 17/10, os bancários vão intensificar a luta e realizar uma grande manifestação no centro de Fortaleza.
Fonte: SEEB/CE