Manifestação em frente ao prédio do jornal A Gazeta/SP durante a primeira greve dos bancários, em 1934
Nada do que compõe a convenção coletiva da categoria caiu do céu
A primeira grande vitória veio em 1933, com a greve que conquistou redução da jornada para seis horas. Em 1951, 69 dias de paralisação garantiram 31% de reajuste. Em 1961 aconteceu a Greve da Dignidade, que rendeu, dentre outras conquistas, o fim do trabalho aos sábados.
Na década de 80, a categoria fez parte da formação da CUT, unificou a data-base nacionalmente e ainda fez a maior greve de bancários do Brasil, mobilizando cerca de 500 mil trabalhadores. Dos anos 90 para cá, destacam-se a conquista da Participação nos Lucros e Resultados e da cláusula sobre igualdade de oportunidades, arrancadas em pleno clima de retirada de direitos dos trabalhadores presente durante todo o governo de Fernando Henrique.
Neste século, a PLR foi intensamente valorizada para os funcionários dos bancos públicos, que após a greve de 2003, passaram a receber o mesmo do restante da categoria. Até então, a participação nos lucros era paga sem negociação com o Sindicato e muitos trabalhadores nada recebiam. Em 2006 foi conquistado um valor adicional e o Sindicato tem negociado pagamento dos programas de remuneração acima da convenção coletiva.
O aumento do poder aquisitivo também vem sendo conquistado ano a ano, com reajustes salariais acima da inflação desde 2004. Também fazem parte da ampliação da renda dos trabalhadores o tíquete-refeição, a cesta-alimentação e o auxílio-creche/babá. Em 2007, uma nova conquista foi agregada à CCT da categoria: a 13ª cesta-alimentação. E, além da campanha salarial, o Sindicato negociou o pagamento de auxílio-educação nos maiores bancos (apenas o Bradesco ainda se recusa).
Em 2008, mais uma página desta rica trajetória será escrita. E como a história mostra, nada virá se depender da benevolência dos bancos. Somente com a força da unidade e da mobilização 2008 será lembrado como mais um ano de conquistas.